A Diocese de Oeiras recebeu, de 05 a 07 de setembro, a 18ª Assembleia Regional de Catequese. O encontro teve como tema “Catequese inclusiva” e lema “Levanta-te e vem para o meio” (Mb 3,3b) e contou com assessoria da coordenadora da Pastoral da inclusão da Diocese de São Carlos-SP e membro da Comissão de Catequese Inclusiva do Regional Sul 1 da CNBB, Michele Toso Capellini.
Também esteve presente o arcebispo de Teresina e membro da Comissão Episcopal para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, Dom Juarez Marques; o bispo de Oeiras, Dom Edilson Nobre e o coordenador regional para a Animação Bíblico-Catequética, padre Estevão Prondi. Participaram catequistas de todas as dioceses do Piauí, além de padres e religiosas que coordenam a Animação Bíblico-Catequética em todo o Regional Nordeste 4.
Para a assessora, a catequese inclusiva é um desafio que implica mudar a maneira de catequisar como um todo. De acordo com Michele, na educação inclusiva não se espera que a pessoa com deficiência se adapte à catequese, mas que esta se transforme de forma a possibilitar a inserção daquela: “Precisamos utilizar os meios e os instrumentos adequados para fazer com que crianças e jovens encontrem na igreja um ambiente acolhedor, capaz de proporcionar um aprendizado efetivo, tanto do ponto de vista da educação na fé quanto social”, propôs.
Ainda de acordo com Michele, uma das alternativas para a reforçar a inclusão na Igreja é investir em formação para catequistas: “Precisamos oferecer formação aos catequistas para lidar com a diversidade e para desenvolver metodologias que possibilitem uma catequese mais inclusiva. A Língua Brasileira de Sinais é uma ferramenta essencial, mas coisas simples como um melhor acolhimento, garantindo que todos se sintam respeitados, já é um importante passo para superar estruturas que excluem e esquecem pessoas com algum tipo de restrição”, falou.
O padre Estevão Prondi destacou que toda a Igreja precisa assumir o compromisso com uma catequese inclusiva: “Queremos reforçar o compromisso da Igreja no Piauí em pensar meios que possam incluir todas as pessoas no projeto salvífico de Nosso Senhor Jesus Cristo. Não podemos deixar ninguém de fora. É direito de toda pessoa com deficiência a participação na vida da Igreja e dever de toda a comunidade eclesial envolver estes irmãos como sujeitos no processo de transmissão da fé.” falou.
De acordo com Dom Juarez a inclusão na catequese vai além da acessibilidade física. Para o arcebispo é necessário compreender as particularidades de cada indivíduo, adaptar metodologias e criar um ambiente onde eles se sintam pertencentes e capazes de vivenciar a fé de forma plena: “É necessário promover diálogos, reflexões e estratégias para acolher, com mais sensibilidade, crianças, jovens e adultos em toda a sua diversidade no processo de evangelização. Bispos, padres, catequistas, Pastoral da Comunicação e toda a Igreja são corresponsáveis nesta missão.”, disse.
Durante o encerramento do encontro, Dom Juarez Marques comunicou que a 19ª Assembleia Regional de Catequese vai acontecer de 16 a 18 de outubro de 2026 na Diocese de Campo Maior.
