Padres, diáconos, seminaristas, religiosos e religiosas, leigos e leigas se uniram na catedral de Nossa Senhora das Dores, nesta segunda-feira (13), para glorificar a Deus pelos 10 anos de pastoreio de Dom Jacinto Furtado Brito na Arquidiocese de Teresina. Além do Clero Arquidiocesano, estiveram presentes autoridades públicas, representantes das mais diversas pastorais, movimentos, grupos e serviços da Igreja Particular de Teresina e a comunidade católica em geral.

Dom Jacinto destacou que foi um privilégio ter sido o 9º pastor diocesano e lembrou de quando tomou posse como arcebispo de Teresina no dia 06 de maio de 2012: “Meu coração vibrava de esperança, minha alma se enchia de confiança ao ver aquela multidão de irmãos e irmãs, 22 bispos, mais de 100 presbíteros, diáconos, representantes de todas as paróquias, movimentos e associações da Arquidiocese. A multidão de quase 5 mil pessoas na praça da nossa catedral orava pelo seu novo pastor e o envolvia em um clima de alegria e de apoio”, disse.

O arcebispo também destacou que todo o seu ministério episcopal esteve alicerçado em sua devoção à virgem Maria e à Santa Teresinha: “Se por um lado eu me sentia tão pequeno para assumir uma missão tão exigente, por outro lado vinha uma palavra confortadora do Mestre. Para ti, basta a minha graça. Fiel ao meu itinerário espiritual, suplicava e supliquei durante esses anos o auxílio de Maria Santíssima, Mãe da Igreja, a Senhora das Dores, e confiei-me a intercessão de Santa Teresinha que me segredava o coração”, falou.

Dando sequência, Dom Jacinto expressou o seu amor incondicional pela Arquidiocese de Teresina e garantiu que irá continuar residindo na capital piauiense: “Amei esta Igreja desde a hora em que, no dia 22 de fevereiro de 2012, o Santo Padre a confiou aos meus cuidados de pastor. Fiquem certos de que o amor cresceu com os anos no contato pessoal e pastoral. Hoje eu amo muito mais a Arquidiocese de Teresina e por ela me sinto amado a ponto de ter decidido aqui permanecer. Irei residir na mesma casa onde morou Dom Miguel”, afirmou.

Ainda de acordo com Dom Jacinto, as obras e as ações sociais desempenhadas por diversos setores da Arquidiocese testemunharam uma Igreja samaritana, comprometida com os pobres e os seus anseios e demandas: “Grupos de jovens que se multiplicam, pastorais que se ajoelham diante de drogados, encarcerados, povo em situação de rua, hansenianos, idosos. Quanta beleza em servir e manifestar a proximidade. Esse testemunho me impulsiona a inclinar-me e dizer que todos vocês confortam, alegram e convertem o coração do bispo. Inúmeras foram as iniciativas que possibilitaram levar o pão, anunciar a Palavra, fazer caridade e seguir na missão”, pontuou.

Dom Jacinto mencionou as vocações que se multiplicaram durante o seu ministério episcopal, falou do bom relacionamento com Clero e agradeceu o apoio recebido por parte dos demais bispos do Regional Nordeste 4: “Em situação de pobreza e carência de recursos, testemunhei muitos desprendimentos e confiança na providência. No bojo desta vitalidade não nos admira ter crescido as vocações sacerdotais. Acolhi 13 seminaristas. Hoje louvo a Deus pelos 48 que estão no seminário. Tive a graça de, neste período, ordenar 25 padres, deixando 3 diáconos transitórios para que sejam ordenados presbíteros pelo meu sucessor. Jamais esquecerei essa comunhão eclesial”, destacou.

Finalizando, Dom Jacinto desejou que o ministério de Dom Juarez continue fazendo frutificar as vocações, os projetos sociais e, sobretudo, a espiritualidade e a conversão em toda a Igreja Arquidiocesana de Teresina: “Chegou o tempo de me despedir da missão episcopal que aceitei com temor e tremor. Sou dispensado pelo Papa do múnus de reger, permanecendo o de ensinar e santificar. Quero me dedicar a algumas atividades pessoais pelas quais tanto prezo, como o fortalecimento dos laços de amizade e a leitura. Vou completar 76 anis, 51 dos quais, a serviço da Igreja como pároco, reitor de seminário, bispo de Crateús e arcebispo metropolitano em Teresina”, finalizou.