Aconteceu na manhã desta sexta-feira (08) a cerimônia de lançamento da 15ª Romaria da Terra e da Água no Piauí com a recepção da cruz peregrina e carreata até o adro da Igreja de São Benedito, onde houve ato público. Estiveram presentes autoridades, representantes do Clero, romeiros, imprensa, movimentos populares e a comunidade em geral.

A recepção à cruz peregrina, que foi entregue pela Diocese de Picos para a Diocese de Campo Maior, aconteceu no estacionamento da Churrascaria Piripiri, na Ladeira do Uruguai. Com o tema “Terra e Água: Direitos Sagrados” e lema “Deus deu a terra aos seus filhos”, a 15ª Romaria da Terra e da Água será sediada na cidade de Piripiri (PI), que pertence à Diocese de Parnaíba, nos dias 16 e 17 de julho de 2022.

“É preciso criar uma consciência cristã de defesa dos direitos sociais e da garantia das liberdades. A Igreja deve atuar no sentido de proporcionar um debate que promova a necessidade de frear violações de direitos e viabilizar a promoção da justiça social, reforçando os cuidados com o meio ambiente e a preservação dos recursos naturais”, destacou o bispo da Diocese de Campo Maior, Dom Francisco de Assis Gabriel dos Santos.

Para o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) Regional Nordeste IV e bispo de Parnaíba, Dom Juarez Sousa da Silva, a 15ª Romaria da Terra e da Água no Piauí representa uma oportunidade de transformação da sociedade: “A romaria contribui para transformar a mística e a espiritualidade em gesto e compromisso concreto, com foco no coletivo e nas diversas realidades do povo”, destacou.

O arcebispo metropolitano de Teresina, Dom Jacinto Brito Furtado, reiterou o caráter social da romaria, fundamental para despertar na coletividade debates importantes sobre temáticas a fim de garantir o bem estar social de setores e segmentos da sociedade historicamente oprimidos: “Queremos nesta romaria incentivar um debate sobre a urgência de políticas públicas voltadas para a juventude, além de discutir os desafios da questão fundiária, de defesa dos direitos da mulher, do homem do campo e da necessidade de interromper a intolerância e a cultura do ódio, tão marcantes em nossa sociedade contemporânea”, pontuou.