A Igreja celebra no dia 19 de novembro o Dia Mundial dos Pobres. Neste dia também acontecerá o Dia “D da campanha “É tempo de cuidar, é tempo de agir, uma iniciativa abraçada pelo Regional Nordeste 4 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), através do Fórum de Pastorais Sociais. O objetivo da campanha é arrecadar alimentos para serem distribuídos entre pessoas que enfrentam o drama da fome e da insegurança alimentar no Piauí.

A iniciativa surge como uma resposta urgente à realidade preocupante da insegurança alimentar que aflige 34,3% da população do Piauí, conforme revelado pela pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Insegurança Alimentar. O estado do Piauí, infelizmente, lidera o ranking com o maior número de famílias em lista de espera para programas sociais, totalizando quase 50 mil lares.

Com o objetivo de despertar entre as pessoas a urgente necessidade de colaborar com a superação da fome, o Regional Nordeste 4 realizou, nesta sexta-feira (17 de novembro), Webinário que foi transmitido pelo You Tube da TV Nestante com a participação de representantes de diversas pastorais sociais.

Para facilitar a ação, as paróquias estabelecerão pontos de coleta identificados com a logo da campanha. Os fiéis e a comunidade em geral serão incentivados a contribuir com doações ao participarem das missas. Este gesto de solidariedade é uma oportunidade valiosa para a comunidade se unir e apoiar aqueles mais necessitados”, destacou o coordenador do Fórum de Pastorais Sociais, Hildelbrando Pires.

A Dra. Norma Sueli, que integra a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN), reforçou que a sociedade pode contribuir com a superação da fome e da insegurança alimentar: É o momento no qual todos somos chamados a somar forças e unir esforços e contribuir com a transformação da realidade de milhares de famílias em todo o estado. Todo a sociedade piauiense é conclamada a a realizar este gesto concreto por meio da partilha de alimentos não perecíveis”, frisou.

Para o assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Gregório Borges, a arrecadação de alimentos é uma medida paliativa. Ele explicou que a superação da fome e da insegurança alimentar requer adoção e implementação de políticas públicas e sociais por parte dos governos e das autoridades: Não se trata apenas de uma campanha de arrecadação de alimentos, mas também um chamado à ação solidária e a compaixão em tempos de crise. Esta é uma campanha para reafirmar os valores de empatia e responsabilidade social, e para estender a mão a quem precisa”, falou.