O bispo de São José dos Campos (SP) e presidente da Comissão Especial de Comunhão e Partilha, dom José Valmor Cesar Teixeira, falou, na entrevista coletiva na última terça-feira, 25 de abril, da 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), sobre o Projeto Comunhão e Partilha, que arrecada e distribui recursos garantindo a formação de seminaristas de filosofia e teologia das dioceses mais pobres do país.

O projeto arrecada a oferta de 1% da renda ordinária fixa por parte de todas as arquidioceses, dioceses e prelazias do Brasil. O fundo repassa, por mês, R$381,96 mil para a formação de 323 seminaristas de 42 dioceses.

As dioceses que recebem a ajuda são divididas em três grupos: A, B e C. O grupo A reúne as dioceses que possuem renda mensal de até R$15 mil. Este grupo é composto por 5 dioceses, das quais o projeto sustenta 38 seminaristas. Já o grupo B agrupa as dioceses que conta com renda mensal de até R$25 mil, com 13 dioceses e 84 seminaristas ajudados. E o grupo C é formado pelas dioceses com renda de até R$35 mil, com 24 dioceses e 150 seminaristas ajudados.

No Regional Nordeste 4 (Piauí), o projeto Comunhão e Partilha garante o processo formativo de 6 seminaristas da Diocese de Bom Jesus do Gurgueia, 3 da Diocese de São Raimundo Nonato e 2 da Diocese de Oeiras.

Testemunho dos seminaristas do Piauí sobre o projeto Comunhão e Partilha

“O projeto Comunhão e Partilha tem gerado frutos no segmento vocacional em nossa Igreja Particular de Bom Jesus do Gurgueia. É um projeto de grande relevância pois viabiliza a nossa formação e possibilita nossa permanência no seminário”, diz o seminarista do 3º ano de teologia, Aerto da Silva Vasconcelos.

“A nossa Diocese recebe os recursos do projeto, que tanto bem tem feito às dioceses mais carentes do Brasil, de modo especial o Piauí. Muitas vezes estas igrejas não conseguem, sozinhas, arcar com todos os custos necessários para a formação. O que é mais bonito nisso é que, diante do caminho sinodal que a Igreja está percorrendo, em preparação para o Sínodo dos Bispos, a Igreja já dá sinais concretos e evidentes de comunhão, participação e missão”, diz o seminarista do 4º ano de teologia, Odair Marques Bezerra, da Diocese de Oeiras.