Os bispos do Piauí, que compõem o Regional Nordeste IV da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), estarão, de 08 a 15 de maio, na visita Ad Limina Apostolorum, no Vaticano, juntamente com os bispos do Ceará (Regional Nordeste I).

Do latim, o termo significa “no limiar dos apóstolos”. Ou seja, os bispos, que hoje são os sucessores dos apóstolos, estarão no limiar, na soleira, às portas da Basílica de São Pedro.

Durante a visita o grupo participará de reuniões e encontros em diversos Dicastérios, Congregações, Conselhos Pontifícios e Comissões. No dia 11 de maio, o episcopado piauiense estará na Secretaria de Estado do vaticano e no dia 12 participará de audiência com o Papa Francisco.

Partiram do Piauí ao Vaticano os 8 bispos, de todas as Dioceses do Regional: Dom Jacinto de Brito Furtado, arcebispo de Teresina; Dom Juarez Sousa da Silva, bispo de Parnaíba; Dom Francisco de Assis Gabriel dos Santos, bispo de Campo Maior; Dom Edivalter Andrade, bispo de Floriano; Dom Edilson Nobre, bispo de Oeiras; Dom Plínio Luz, bispo de Picos; Dom Eduardo Zielski, bispo de São Raimundo Nonato e Dom Marcos Tavoni, bispo de Bom Jesus do Gurgueia.

Expectativa dos bispos

Para o bispo de Oeiras, Dom Edilson Nobre, trata-se de uma experiência enriquecedora que visa, sobretudo, a unidade da Igreja:

“Partiremos rumo a uma vivência de Igreja para compartilharmos os desafios e as experiências vividas em cada diocese. Visitaremos os túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo, que deram seu testemunho e garantiram a unidade da Igreja primitiva, o que nos serve de motivação, orientação e inspiração. Estaremos com o Santo Padre a fim de ouvir as suas orientações, para caminharmos todos juntos em sinal de comunhão. É um tempo forte de experiência de comunhão e de corresponsabilidade, um momento significativo para fortalecer a nossa missão, a de ser sinal da presença de Deus no mundo, testemunhas qualificadas de Jesus e, assim, conduzir a Igreja com humildade, sabedoria e discernimento”, disse.

De acordo com o bispo de Bom Jesus do Gurgueia e secretário do Regional Nordeste IV da CNBB, Dom Marcos Tavoni, a visita é uma oportunidade para o compartilhamento de desafios e esperanças:

“Esta visita representa um momento de muita graça na vida de nós, pastores, e, principalmente, na vida do nosso povo. Iremos levar a Roma nossas experiências pastorais, colocando diante da Igreja as angústias, esperanças e sonhos. Buscaremos uma palavra de ânimo, visitaremos os diversos departamentos da Cúria Romana e, ao lado do Papa Francisco, rezaremos e pediremos as bênçãos para nosso Piauí. É um momento de muita alegria para as nossas igrejas. Contamos com a sua oração e comunhão de espírito. Que Deus nos conceda caminharmos juntos nesta sinodalidade, como irmãos, como Igreja, sempre na mesma união”, destacou.

Importância da visita

A visita Ad Limina é um ato que todo bispo cumpre para o bem de sua própria diocese e de toda a Igreja, para favorecer a unidade, a caridade, a solidariedade na fé e no apostolado. Trata-se de um momento forte na vida e no ministério pastoral, uma oportunidade de experimentar, de forma mais intensa, a comunhão com o Sucessor de Pedro e também entre os bispos que, dessa forma, fortalecem a dimensão da colegialidade, unindo-os num só corpo a serviço da Igreja.

Ela também está relacionada com a apresentação de um relatório sobre a situação de cada arqui/diocese. Este material não consiste especificamente em uma prestação de contas, mas uma explanação sobre a situação de cada Igreja particular. Este movimento acontece a cada cinco anos, conforme previsto no Código de Direito Canônico:

Cân 399 – § 1. O Bispo diocesano está obrigado a apresentar de cinco em cinco anos um relatório ao Sumo Pontífice sobre o estado da diocese que lhe está confiada, segundo a forma e o tempo determinados pela Sé Apostólica.